AMELOBLASTOMA PERIFÉRICO: RELATO DE CASO

Abstract

O Ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno de origem epitelial, que pode ser dividido em quatro subtipos: Ameloblastoma Sólido, Ameloblastoma Unicístico, Ameloblastoma Desmoplásico e o Ameloblastoma Periférico (AP). O AP é um tumor periférico raro, que ocorre fora do osso gnático, ou seja, que não acomete o tecido ósseo, mas, sim, os tecidos moles da gengiva e rebordo alveolar. Normalmente é indolor, de crescimento lento, não ulcerado, séssil ou pediculado, não apresentando assim características clínicas específicas. Dessa forma, o propósito desse estudo é apresentar um relato de caso clínico de uma paciente do gênero feminino, melanoderma, com 54 anos de idade, que procurou atendimento na Policlínica Getúlio Vargas da Universidade de Uberaba, com queixa de inchaço persistente e indolor, na gengiva dos dentes 33-34, com mais de seis meses de evolução. O tratamento realizado foi a biópsia excisional. O diagnóstico de AP foi confirmado pelo exame anatomopatológico. Não houve recidiva da lesão durante acompanhamento de 24 meses. A literatura descreve que o AP acomete mais a região de pré-molares mandibulares de homens, na sexta década de vida. No que se refere a predileção por raça, não é encontrado nenhum relato para o AP. Esta lesão tipicamente é descrita como uma tumoração, indolor de longa duração. O tratamento é a remoção cirúrgica conservadora, sendo as recidivas incomuns. O caso relatado afeta paciente do sexo feminino, dado que diverge da literatura, as demais características clínicas e de tratamento são similares as descritas acima. Concluímos então que o AP é um tumor odontogênico benigno raro, com características sócio-clínico-patológicas bem definidas. Relatos de casos como este, contribuem para o desenvolvimento de novas pesquisas e com a delimitação das predileções epidemiológicas dessa doença.