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Título: Centro de Atenção Psicossocial III (CAPSIII) - CAPS Animus
Autor(es): Morales, Bruno
Palavras-chave: Arquitetura Disciplinar
Arquitetura Assistencial e Saúde Mental
Centro de Atenção Psicossocial III (CAPSIII)
Arquitetura e saúde
Data do documento: Dez-2021
Resumo: A arquitetura da saúde mental por tempos foi associada a instituições de poder e disciplina. Movimentos revisionistas estruturados em visões mais humanas da psiquiatria impulsionou transformações importantes que afetaram os tratamentos, as terapias e os espaços dedicados a ela. Instituições excludentes e isoladas foram desativadas e novas formas de lidar com as pessoas em sofrimento mental se estabeleceram. No Brasil, o movimento antimanicomial leva a políticas públicas inclusivas e humanizadas que se organizam em centros de atendimentos específicos, como é o caso dos CAPSIII e que é a referência fundamental para o trabalho em questão. Apesar de todo avanço na área da saúde a realidade em relação a adequação ao uso do espaço edificado é outra, pois a grande maioria das instalações em uso para esse fim são em edificações adaptadas, mesmo sabendo que o avanço médico e terapêutico deve ser acompanhado por soluções arquitetônicas adequadas às suas especificidades e multidisciplinaridades. Dentro desse contexto foi desenvolvido uma proposta de projeto arquitetônico para um novo CAPSIII para a cidade de Uberaba-MG, o que permitiu repensar seus espaços dentro dos limites atuais e parâmetros estabelecidos para humanização e adequação técnica desses ambientes. Assim, a proposta desenvolvida se apoia nos pilares da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial empreendida ao longo do século XX e colocada em prática por profissionais como a psiquiatra Nise da Silveira que lutava pelo humanismo institucional. A área de intervenção escolhida fica em Uberaba-MG, que atualmente não conta com um CAPS da modalidade III, o qual é previsto para cidades com mais 150 mil habitantes. O edifício tem como premissa se alinhar com a imagem da cidade e para isso foi desenvolvido um delicado estudo para a escolha da melhor área para sua implantação. Deveria ser de fácil acesso por meio de transporte público, porém em vias de baixo fluxo e estar próximo aos equipamentos de saúde, educacionais e culturais. Quanto ao partido de ocupação do lote, o volume, inicialmente pensado como cubo, vai se diluindo, recortando e desdobrando a partir de um movimento de rotação que se ajusta em dimensões e gabarito à ocupação do entorno. Então esse movimento formal gera um núcleo vazio ao redor do qual os setores funcionais se estruturam. O pátio interno é ocupado por atividades cotidianas e ampliam os usos internos em diferentes níveis. O paisagismo apoia as atividades terapêuticas, com espécies alimentadoras dos sentidos. Pórticos em madeira laminada colada elevam-se até a cobertura e geram trama exposta que define ritmo e suporte para proteção complementar para privacidade e conforto ambiental. Os eixos de circulação vertical e horizontal são posicionados de forma potencializar os fluxos com eficiência e evitar a conformação de pavilhões. A distribuição das células funcionais gera espaços de socialização, mas também de privacidade, demanda imposta pelo programa adotado que prevê ações de atendimento emergencial, terapêuticos rotineiros, de troca e de ampliação da experiência de vida, voltado para a comunidade usuária e também aberta a cidade como um todo.
Descrição: Dentro desse contexto foi desenvolvido uma proposta de projeto arquitetônico para um novo Centro de Atenção Psicossocial III - CAPSIII
URI: http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1936
Aparece nas coleções:2021

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