Pré-Escola: uma proposta de arquitetura inclusiva

Abstract

Partindo do tema arquitetura e educação, a proposta desenvolvida busca soluções para um espaço escolar apropriado para crianças de quatro a seis anos de idade e que atenda aos requisitos fundamentais da inclusão. Ciente de que as adaptações normalmente feitas em escolas públicas para atender as demandas inclusivas não são de boa qualidade, procura-se solucionar as maiores dificuldades espaciais enfrentadas. Consideramos que a infância é a base para a vida. O primeiro contato com o mundo, onde se aprende coisas essenciais, como a fala, o andar e até mesmo ações inconscientes como o início da moral e ética, o contato com a sociedade, novas crenças e culturas. Inicialmente, a base escolar também é algo que marca afetivamente, as posturas do seu mentor, as atividades realizadas, as práticas de escrita, leitura e a qualidade do espaço que é vivenciado. A escola na modernidade acabou se tornando uma das primeiras experiências de qualquer criança, principalmente com pais que trabalham integralmente e sem ajuda em casa, que vão em busca de uma escola muito mais cedo. Mas a questão maior que abordamos é como as escolas de hoje, podem ser acessíveis e inclusivas. Onde crianças com qualquer deficiência, tenham amparo e direcionamento. Dentro dessa necessidade de adequação, acabam surgindo outros fatores que incluem: a oportunidade do indivíduo se inserir na sociedade. O amparo de um responsável para construir a confiança de que seu filho com deficiência, está em um lugar agradável e seguro, podendo desenvolver suas potencialidades é essencial. Partindo da necessidade dessa arquitetura e tendo como apoio da legislação que obriga as escolas do Brasil à aceitar crianças com todos os tipos de necessidade especiais, o que torna pertinente o estudo sobre projetos arquitetônicos escolares. O objetivo é atender todas essas necessidades de espaço e propor um projeto mais adequado a todas essas crianças. O projeto é feito para a cidade de Uberaba – MG, no bairro Alfredo Freire, onde há tanto ausência quanto a demanda por escola para essa faixa etária. O processo de escolha foi embasado a partir do mapeamento do alcance das escolas infantis da cidade adotando dados disponibilizados pela Secretaria de Educação do Município.