LASERTERAPIA EM LESÕES DE MUCOSAS ORAIS

Abstract

A utilização de lasers vem sendo cada vez maior nos consultórios odontológi cos, é um bom investimento para o dentista, uma vez que o laser (light amplification by stimulated emission of radiation – amplificação da luz por emissão estimulada de radiação) tem contribuído para as diversas áreas da odontologia, como a pediatria, a ortodontia, a endodontia, a periodontia, nas cirurgias, na estomatologia, entre outras. Vem mostrando resultados satisfatórios e faz parte da odontologia moderna. É bas tante utilizada, a laserterapia de baixa potência, para tratamento em casos de aftas, herpes labial, trismo, queilite angular, hipersensibilidade dentinária, parestesias e pós-operatórios (1° Congresso Online de Laser na Odontologia, 2020). Os aparelhos de laser podem ser classificados em dois tipos conforme sua potência e ação nos tecidos, são eles: laser de alta intensidade de energia, sendo principalmente utilizado para procedimentos cirúrgicos por apresentar potencial de corte. E o laser de baixa intensidade de energia, utilizado para fins terapêuticos por suas funções anti-inflamatórias, analgésicas e biomodulatórias. São lasers de baixa intensidade: Hélio-Cádmio, Argon, Hélio-Neônio, Krypton, Arsenato de Gálio e Alu mínio (ANDRADE; CLARK; FERREIRA, 2014). A luz visível emitida através do laser poderá ser vermelha, a qual há um me nor poder de penetração e maior taxa de reparação tecidual ou infravermelha com maior capacidade de penetração tecidual e melhor potencial analgésico (FIGUEI REDO et al., 2013). O uso combinado dos dois lasers para tratamento da mucosite oral resultou em um efeito analgésico mais intenso e longo, facilitando a recupera ção dos pacientes tornando possível a ingestão de alimentos sólidos (CUNHA et al., 2012). A laserterapia é um tratamento não invasivo com caráter preventivo e curati vo. Para sua aplicação pode-se utilizar duas técnicas: a de varredura ou a técnica pontual. A quantidade de energia aplicada é apresentada em Joules sobre a área expressa em cm² e a densidade do tecido, dureza, maleabilidade e pigmentação da área irradiada irá determinar a absorção tecidual da luz emitida (FLORENTINO et al., 2016). O interesse pelo uso do laser tem também recaído sobre as aplicações clíni cas e o potencial das interações não-térmicas da luz laser com o tecido. Portanto, o potencial da irradiação laser de intensidade relativamente baixa aplicada diretamen- 5 te no tecido para modular certos processos biológicos, em particular, fotobioestimu lar os processos de regeneração dos tecidos, controlar o processo inflamatório e controlar a dor (KITCHEN, et al., 1998