NOVAS TECNOLOGIAS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E O DEBATE SOBRE DESIGUALDADE DIGITAL: PERSPECTIVAS NA PRODUÇÃO ACADÊMICO CIENTÍFICA BRASILEIRA ENTRE 2018 E 2023

Abstract

A pesquisa possui como objetivo identificar a produção de conhecimento científico publicado cujos temas estejam relacionados a práticas pedagógicas mediadas por novas tecnologias aplicadas em escolas de educação básica da rede pública de ensino e a desigualdade digital entre os anos de 2018 e 2023. E, a partir deste movimento, observar as perspectivas trazidas por estas produções e verificar se houve ampliação na quantidade de pesquisas do gênero após a pandemia de Covid-19. Foram analisadas vinte e três dissertações e teses que estavam dentro do recorte proposto e indicados quinze artigos, para análise em artigo científico elaborado como produto derivado da dissertação. Para tanto, as buscas foram realizadas nas bases de dados o Portal de Periódicos da Capes, a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e o Scielo. Para o desenvolvimento deste projeto, optou-se por realizar pesquisa qualitativa exploratória no modelo estado da arte (ou estado do conhecimento) sobre a produção científica elaborada durante o referido período. Vincula-se ao Programa de Pós-graduação Profissional em Educação PPGPE - Mestrado Profissional em Formação Docente para Educação Básica da Universidade de Uberaba (UNIUBE), na linha de pesquisa Educação Básica: fundamentos e planejamento. O projeto conta com o apoio do Projeto Trilhas de Futuro – Educadores da SEE/MG. A produção acadêmica observada está especialmente focada em temas como a formação de professores, desigualdade social relacionada à desigualdade digital, falta de acesso a ferramentas tecnológicas e carência de políticas públicas. Essas áreas emergiram como as mais recorrentes, evidenciando a urgência e a relevância dessas questões no contexto educacional contemporâneo. Os resultados indicam entre outros, que o aumento nas produções científicas sobre desigualdade digital reflete uma crescente preocupação com as disparidades no acesso e uso de tecnologias digitais, um fenômeno que acirra as desigualdades sociais e econômicas. Esse campo de pesquisa tem se expandido, incorporando diversas teorias metodológicas para analisar o problema de maneira abrangente. Entre essas teorias, destaca-se a teoria crítica, que investiga como estruturas de poder e desigualdade impactam o acesso digital, e a abordagem etnográfica, que oferece insights detalhados sobre as experiências individuais e comunitárias em contextos específicos. Além disso, a teoria das redes é utilizada para examinar como as conexões sociais e digitais influenciam a inclusão ou exclusão digital. Essas abordagens metodológicas permitem uma análise mais complexa e multidimensional das questões envolvidas na desigualdade digital. A análise detalhada desses temas proporcionou compreensão acerca dos desafios e oportunidades trazidos pela integração das tecnologias digitais no ensino, destacando a necessidade de ações contínuas e estratégias eficazes para promover uma educação mais inclusiva e equitativa.Como produto derivado da dissertação apresenta-se um artigo científico,cujo conteúdo é a revisão aprofundada da bibliografia investigada