Avaliação da rugosidade superficial e da formação do biofilme na superfície da dentina tratada com diferentes agentes dessensibilizadores

Abstract

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos dos diferentes métodos de tratamento da hipersensibilidade dentinária na rugosidade superficial e na formação do biofilme dentário sobre as superfícies tratadas. Após a avaliação inicial da rugosidade superficial (Sa), 50 fragmentos de raiz bovina receberam os seguintes tratamentos (n= 10): Grupo 1- Sem tratamento; G2- Verniz de fluoreto de sódio a 5%; G3- Aplicação profissional de um dentifrício dessensibilizante; G4- Escovação dentária com dentifrício dessensibilizante; G5- aplicação de laser Diodo (λ= 908 nm; 1,5 W, 20 s). Após os tratamentos, a Sa foi novamente avaliada. Depois, as amostras foram incubadas numa suspensão de Streptococcus mutans a 37 °C durante 24 horas. As unidades formadoras de colônias (UFC) foram contadas utilizando um estereoscópio, e os resultados foram expressos em UFC/mL. O teste ANOVA a 1 critério e o teste de Tukey compararam os dados de rugosidade e aqueles obtidos no teste de adesão bacteriana (α= 5%). O G2 (2,3 ± 1,67%) mostrou variação de Sa semelhante ao G1 (0,25 ± 0,41%) e G5 (5,69 ± 0,99%), porém diferente do grupo G3 (9,05 ± 2,39%). O G4 apresentou a maior variação de Sa (30,02 ± 3,83%, p <0,05). Não houve diferença estatística entre os G3 e G5. A adesão bacteriana foi maior no G4 (2208 ± 211,9). Concluiu-se que os tratamentos para hipersensibilidade dentinária alteram a Sa da dentina radicular, principalmente quando há atrito intenso na superfície do dente. Além disso, houve um aumento significativo na rugosidade da dentina proporcionando um maior acumulo de bactérias nessa superfície.