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http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/948
Título: | O CIBERESPAÇO E AS RELAÇÕES DE PODER: A EXPERIÊNCIA DE PROFESSORES E ALUNOS DA UNIVERSIDADE DE UBERABA NO PROJETO FACEFÓLIO |
Autor(es): | Ferreira, Indiara |
Palavras-chave: | Educação Comunicação Violência Poder simbólico Ciberespaço |
Data do documento: | 29-Abr-2014 |
Resumo: | Este trabalho foi desenvolvido junto à linha de pesquisa ―Processos Educacionais e seus Fundamentos‖, e integra o Observatório da Educação ―Violência Escolar‖ (OBEDUC/CAPES), cujo objetivo é fomentar o desenvolvimento de ações educativas que promovam a discussão das relações existentes entre a negação do Outro como sujeito moral e manifestações de violência presentes em diversos níveis da educação escolar. O subprojeto que resulta nesta dissertação volta-se às relações de poder manifestadas na execução de um projeto experimental que recorre ao uso da rede social Facebook como ferramenta de educação para o ensino superior presencial: o Projeto Facefólio. Criado no ano de 2005, sob inspiração direta da pedagogia freireana e dos conceitos portifólio de aprendizagem, o Facefólio foi idealizado por um pequeno grupo de professores universitários da área de Comunicação Social que viram no Facebook um interessante elemento motivacional para a promoção da interação, da pró-atividade e da participação efetiva dos alunos do ensino presencial, com vistas à construção do pensamento crítico e reflexivo. Face ao crescente número de processos violentos, envolvendo adolescentes e jovens, deflagrados no ciberespaço, questiona-se, a partir do pensamento bourdieuseano, se, no Projeto Facefólio, as relações de poder seriam diferentes daquelas existentes em sala de aula. Assim, toma-se como objetivo geral da pesquisa analisar como se constituem estas relações de poder entre professores e alunos partícipes do Facefólio. A metodologia utilizada foi o Estudo de Caso segundo a perspectiva de Yin (2005) e de André (2005), e os dados coletados foram sistematizados recorrendo-se à triangulação (DENZIN, 1989), tendo como vértices: a) estudos bibliográficos, b) observação livre nos grupos do Facefólio, e, c) produtos dos sujeitos, obtidos por meio de questionários semiestruturados. Para a análise dos resultados recorreu-se à Análise de Conteúdo na modalidade Categorial Temática (BARDIN, 1979; MINAYO, 2000). Como resultados, constata-se que o Projeto Facefólio permite a manifestação do poder simbólico porque mantém a legitimação costumeira das dominações vigentes, a fabricação dos consensos e dos conformismos, resultados especialmente claros quando se confronta a aplicação dos questionários mistos com as análises registradas no caderno de campo. Os sistemas simbólicos mostram professores dominantes, legitimadores da ordem de poder estabelecido. No projeto, que se propõe como inovador, a nota continua a funcionar como um instrumento limitante. Analisando-se o ciclo de violências à luz do referencial teórico, pode-se concluir que o Facefólio, projetado com fundamentos teóricos que privilegiam a interação, a pró-atividade e a participação efetiva dos alunos, revela-se como mais um instrumento de reprodução das violências praticadas no ambiente presencial (sala de aula), e de legitimação das diferenças, uma vez que fomenta um novo ciclo excludente, privilegiando um pequeno grupo de alunos que se sobrepõe àqueles em desvantagem material e cultural. |
URI: | http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/948 |
Aparece nas coleções: | TURMA 9 |
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