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dc.contributor.authorOliveira, Luís Fernando Ribeiro de-
dc.date.accessioned2019-11-25T18:34:06Z-
dc.date.available2019-11-25T18:34:06Z-
dc.date.issued2014-04-29-
dc.identifier.urihttp://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/952-
dc.description.abstractEste trabalho tem como tema a reprodução de poder simbólico na execução da estratégia educomunicacional Rádio Escola, do Programa Mais Educação. Desenvolvido na linha de pesquisa “Processos Educativos e seus Fundamentos”, trata-se de um subprojeto do Observatório da Educação “Violência Escolar”, em que são discutidas relações existentes entre violências, culturas e práticas escolares marcadas pela negação da alteridade. O objetivo geral da presente pesquisa é analisar as relações de poder simbólico implicadas nos processos de implantação e funcionamento de uma rádio escolar. Fundamentada no entendimento de que a instituição escolar é também um campo político e um campo de lutas (BOURDIEU, 1983), a questão que conduz a investigação é: as relações de poder simbólico reproduzidas na estratégia educomunicacional Rádio Escola interferem no objetivo desta política pública de diminuir as desigualdades educacionais fomentando uma educação participativa e emancipatória? Para alcançar os propósitos do projeto, optou-se por uma pesquisa de tipo etnográfico, conforme o entendimento de Lüdke e André (1986), sendo que a imersão em campo deu-se em uma escola pública da cidade de Uberaba, MG. Como procedimentos, além de pesquisa bibliográfica e levantamento documental, fez-se opção pela observação do cotidiano da rádio escolar e pela aplicação de instrumentos a professores e alunos: questionários mistos e entrevistas semiestruturadas. Os dados obtidos foram colocados em triangulação (DENZIN, 1989) e discutidos à luz do referencial teórico, que tem como sustentáculo a Sociologia da educação bourdieusiana (BOURDIEU e PASSERON, 1982; BOURDIEU, 1983, 1989, 1998, 2004, 2007), em interlocução com a Antropologia educacional (SPOSITO, 2002; ZALUAR e LEAL, 2001) e com importantes referências latino-americanas da Educomunicação (KAPLÚN, 1992, 1999, 2002; SOARES, 1999, 2004, 2011). No locus da investigação, identifica-se que a implantação do projeto é dificultada por diversos fatores, como a demora para a chegada dos equipamentos, a compreensível falta de tempo e de conhecimentos técnicos (radiofônicos) por parte do corpo docente, a fragilidade do guia disponibilizado pelo programa Mais Educação para orientar professores a instalar equipamentos e colocar uma rádio “no ar”, mas, sobretudo, o desconhecimento dos fundamentos teóricos e políticos da Educomunicação. Indicativos desse desconhecimento podem ser observados em parte do material de divulgação produzido pelo programa governamental. Sua face mais evidente, contudo, revela-se no cotidiano escolar: nos critérios utilizados para a composição da equipe, no processo de produção radiofônica e nas percepções de professores e alunos a esse respeito. Como, na escola investigada, o ingresso e a permanência na equipe dependem de boas notas e bom comportamento, a participação dos alunos torna-se uma premiação, o que faz com que, também na rádio escolar, o protagonismo seja daqueles que não encontram dificuldades para corresponder às expectativas institucionais. Conclui-se que, sem a discussão e a compreensão da concepção de educação que sustenta as estratégias educomunicacionais, a Rádio Escola pode tornar-se apenas mais um entre outros instrumentos oportunos à reprodução das relações de poder simbólico.pt_BR
dc.language.isopt-brpt_BR
dc.subjectRádio Escolapt_BR
dc.subjectPoder Simbólicopt_BR
dc.subjectReproduçãopt_BR
dc.subjectEducomunicaçãopt_BR
dc.subjectEmancipaçãopt_BR
dc.titleVOZARIO NO AR: PODER SIMBÓLICO E REPRODUÇÃO, UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES QUE ENVOLVEM O PROJETO RÁDIO ESCOLApt_BR
dc.typeOtherpt_BR
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